Por definição, dor orofacial é toda a dor associada a tecidos moles e mineralizados (pele, vasos sanguíneos, ossos, dentes, glândulas ou músculos) da cavidade oral e da face. Usualmente, essa dor pode ser referida na região da cabeça e/ou pescoço ou mesmo estar associada à cervicalgias, cefaleias primárias e doenças reumáticas como fibromialgia e artrite reumatoide. As principais fontes de dor orofacial são problemas odontogênicos, cefaleias, patologias neurogênicas, dores musculoesqueléticas, dores psicogênicas, câncer, infecções, fenômenos autoimunes e trauma tecidual. Historicamente, a Odontologia tem se dedicado fundamentalmente ao diagnóstico e tratamento da dor odontogênica (pulpar e periodontal). Não se pode, porém, descuidar da identificação de outras fontes de dor orofacial como processos inflamatórios típicos (sinusites, parotidites), dores neuropáticas contínuas ou intermitentes (nevralgias, dor por desaferentação, dor mantida pelo simpático), cefaleia e disfunção temporomandibular. Faz parte de um atendimento de qualidade prestado pelos profissionais das áreas de Saúde identificar a dor orofacial e encaminhar o portador à terapia apropriada com a celeridade exigida. O profissional que se dispuser a tratar esses pacientes deve conhecer profundamente o diagnóstico diferencial da dor orofacial e suas subclassificações, além de aplicar técnicas de controle dos sintomas com validação científica. A dor orofacial apresenta alta prevalência na população, sendo causa de grande sofrimento para os pacientes. Além disso, pode resultar de patologias que põem em risco a vida do indivíduo. Daí a fundamental importância da participação do cirurgião-dentista na prática de um processo diagnóstico adequado."
(http://www.scielo.br/pdf/dpjo/v15n3/14.pdf)
Atendimento ao paciente